RALLY DE TOMAR 2014
De: rui gamaDia 15-04-2014às 14:38
RALLY DE TOMAR 2014

Regularidade histórica

Rally de Tomar 2014

A melhoria de qualidade, na montagem e desenrolar do Rally de Tomar 2014, não deve ser motivo de grande regozijo e festejo, uma vez que a fasquia em que os Organizadores colocaram o Rally 2013, era muito baixa, direi mesmo, demasiado baixa.

Ainda assim e por isso mesmo, ficou claro que esta prova decorreu bastante melhor, porém, ainda longe das melhores.

Aqui chegados e para que as críticas não se fiquem pelas conversas que os pilotos e navegadores vão trocando, propus aos Organizadores da Classic Cup, na pessoa do n/ amigo Paulo Almeida, a criação, com carácter de urgência, de um documento/inquérito abrangendo os diversos factores que compõem e influenciam o desenrolar das provas, classificados com Mau, Medíocre, Suficiente e Bom, distribuído juntamente com o road-book e devolvido preenchido, aos responsáveis da Classic Cup, no evento de encerramento.

No fim da época, será premiada a Organização cujo resultado suplante as congéneres.

Criada esta possibilidade, cuja resposta deve ser obrigatória, todos terão oportunidade de se pronunciarem sobre o road-book, o catering, as instalações sanitárias, a prova, as ligações, as zonas espectáculo, as zonas industriais, os prémios, etc., etc., escrutinando os Organizadores, que têm passado longe desse julgamento, ao contrário dos concorrentes e máquinas.

Vejamos agora alguns exemplos do que considero menos conseguido, no Rally Tomar 2014.

O local para a pausa de almoço foi excelente, mas o acesso às instalações sanitárias, não foi acautelado.

A zona espectáculo em Tomar, deveria ter sido melhor preparada: - veículos estacionados no seu interior, chicanes mal assinaladas (o embrulho dos pneus devia ser vermelho ou branco) e demasiado apertadas.

As ligações entre PEC’s demasiado apertadas, sem permitir qualquer descanso para as máquinas e obrigando a circular sempre acima dos 100 km/h. É reconhecido que este tema melhorou, mas ainda é necessário um pouco mais.

Ligação excessivamente longa para a pausa da tarde, quando se poderia utilizar a distância para mais PEC’s, evitando aquilo que muitos consideram um absurdo e uma aberração, que são as zonas industriais.

Porque não têm espectadores, porque exigem muitos das máquinas, porque são perigosas, porque nada têm a ver com a definição de rally, porque é sempre preferível a utilização de estrada para definir as provas, porque os pilotos e navegadores preferem as estradas e não se revêem nas ZI’s.

Para culminar o dia, continuamos a assistir ao prolongamento excessivo do encerramento, esquecendo os Organizadores que há concorrentes que ainda têm de fazer 200 e mais kms, para chegar a casa.

Por último os prémios. A falta de qualidade, a falta de gosto, a ausência de ideias, teve como resultado, no caso presente, um objecto insípido, incolor e inodoro…, que será óptimo para suporte de guardanapos, mas que em nada representa uma prova e muito menos uma região.

Neste caso concreto, a imaginação e qualidade no seu ponto mínimo.

Rui gama

(junto documento enviado à Organização da Classic Cup)

De: RamosDia 20-04-2014às 11:01
RE:RALLY DE TOMAR 2014

Caro(a)s Amigo(a)s,

Ainda que o tivesse logo feito de viva voz, no final da prova, junto do Bruno Silva e do Zé Oliveira, não posso deixar de vir também aqui ao mundo virtual, e a este site / fórum que merecerá ter a dinâmica que outrora já teve, felicitar a organização do Rali de Tomar pela boa prova de regularidade que nos proporcionaram, tendo iniciado muito bem a Classic Cup 2014. Parabéns!...

Considero que os Organizadores fizeram bem a leitura do passado recente, optando, do meu ponto de vista, pela estratégia mais adequada na realização deste Rali, em jogarem à defesa, explorando de vez em quando o contra-ataque, dando um salto qualitativo muito grande relativamente ao ano anterior, em quase todas as vertentes que envolvem a organização de uma prova deste tipo, e que, realmente, são muitas (só quem nunca organizou rigorosamente nada é que desconhecerá e desconsiderará as complicadas e complexas tarefas inerentes a uma Organização deste tipo).

O Rali de Tomar 2014 foi bem delineado, quer no plano desportivo, quer no plano social, proporcionando aos concorrentes bons momentos na prática da disciplina automobilística que tanto gostamos (regularidade histórica), e de salutar convívio no seio deste magnífico grupo de apaixonado(a)s pela competição com automóveis clássicos.

No plano desportivo os incidentes verificados no desenrolar da prova não foram da responsabilidade da Organização, e, perante os mesmos souberam como reagir, obviando ou minimizando os problemas. Que pena aquela PR em que um funeral obrigou à sua anulação. Era, do meu ponto de vista, uma das mais interessantes de todo o Rali!... Mas, o que fazer perante uma situação destas?!... Nenhuma Organização, por mais empenhada que seja, poderá prever o falecimento das pessoas em todo o trajeto da prova e os horários de realização dos respetivos funerais! Na PR de Tomar, de certeza absoluta que a Organização do Rali teria sido a primeira a querer evitar ter automóveis estacionados no percurso, mas, tal não terá sido possível, mesmo com a colaboração da Polícia!... No entanto, houve o cuidado de avisar os concorrentes para esse facto!... Quanto às dimensões das chicanes, etc., etc., é tudo muito fácil de avaliar a quem está de fora ou depois de se fazer a prova, mas não antes. Esta prova a mim correu-me pessimamente mal, pois estive muito longe do desempenho habitual ao volante do GTi, mas, a verdade é que as condições foram iguais para todos, e, o mais surpreendente é que quem melhor se desenrascou naquele labirinto, foi quem conduziu o automóvel de maiores dimensões! Brutal!...

O local do almoço escolhido e o formato foram ótimos, e, sinceramente, não tive qualquer dificuldade em tomar um belo café e fazer uma grande “mijinha” em instalações apropriadas para o efeito (Cafetaria e casas-de-banho) de um magnífico monumento nacional – o Convento de Cristo!...

O aspeto menos positivo foi a ausência de som na entrega de prémios, mas, quem sofreu principalmente com isso foram o Zé Oliveira e o Bruno Silva, que, segundo rezam as crónicas ainda hoje andam a tomar pastilhas para a garganta!...

O jantar esteve a um bom nível e o magnífico convívio proporcionado também!...

Ao contrário de 2013, permitam-me opinar que não houve em 2014 no Rali de Tomar, ocorrências negativas, dignas desse nome, a registar. Há sim um figurino idealizado e traçado pela Organização, com toda a autoridade que se lhe reconhece, que poderá agradar mais a uns concorrentes, e não tanto a outros. Por isso é que as provas da Classic Cup são todas iguais, e todas diferentes!...

E, por fim, mas não em último lugar, há que referir que não existem Organizações perfeitas!... Há sempre um ou outro detalhe que agrada a x e y, mas que desagrada a w e a z!... O que há que ter em consideração é que os Clubes organizadores de provas integradas na Classic Cup 2014 fazem o melhor que podem e sabem, de acordo com a sua visão estratégica da “coisa”, num plano estritamente amador, exercitando os seus elementos um verdadeiro ato de voluntariedade, logo de atuação cívica e social.

Desde que não existam erros com incidências no plano desportivo, e que no plano social os requisitos mínimos sejam observados, só temos de estar satisfeitos em haver pessoas que doam muito do seu tempo, de forma muito dedicada e empenhada a organizar provas para proporcionar diversão a terceiros.

Considero adequado, e até pertinente, que possa existir uma comissão de condutores e navegadores que, eventualmente, se dediquem a analisar as provas e a dialogarem com os organizadores dos ralis da Classic Cup 2014 sobre os aspetos passíveis de serem revistos e melhorados. De igual forma, também defendo, para os concorrentes que ainda não são licenciados pela FPAK, que exista um Órgão de Disciplina na Classic Cup 2014 que analise e avalie, as atitudes e os comportamentos continuados de concorrentes que insistam na crítica fácil, e não sustentada, das provas em que participam. (Ao cuidado do “N/ Amigo Paulo Almeida).

Não é Lei, mas tenho dito…, a bem dos rallyes de regularidade e da Classic Cup 2014.

“Beijinhos e abraços” – made in José Grosso,

P.S. – Quanto ao meu Rali (não ao do Ivo), digo-lhes que é tramado participar numa prova a pensar na Organização de outra, e a estabelecer constantemente paralelismos e observações organizativas durante o trajeto. A concentração da parte da tarde foi-se e quem beneficiou com isso foram as meninas, mas, a vingança em relação àquele famigerado segundo está marcada!... O Ivo esteve ao seu melhor nível, e a culpa de termos sido empurrados para fora do pódium foi minha e só minha!...

António Ramos